Defesa de Rivaldo Barbosa busca provar relação profissional e contestar acusações

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal (PF) entregue as conversas entre a vereadora Marielle Franco e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa. Preso desde março de 2024, Barbosa é acusado de ser um dos mandantes do assassinato de Marielle, ocorrido em 2018. A defesa argumenta que os diálogos podem demonstrar que a relação entre os dois era profissional e sem indícios de conflito, ajudando a contestar as acusações.

Além das mensagens com Marielle, Moraes ordenou que a PF apresente conversas entre Barbosa e outros delegados envolvidos na investigação, incluindo Giniton Lages, Daniel Rosa e Brenno Carnevale. A defesa quer usar esse material para reforçar que Barbosa cobrava rigor na apuração do crime, sugerindo que ele não teria interesse em atrapalhar as investigações.

Outro ponto da decisão do ministro inclui o envio de um processo da Justiça do Rio que menciona Cristiano Girão, ex-vereador e acusado de comandar uma milícia em Gardênia Azul, como possível mandante do assassinato. No entanto, Moraes negou um pedido da defesa para que Ronnie Lessa, executor confesso do crime e delator de Barbosa, passasse por uma perícia psiquiátrica para avaliar possíveis transtornos de personalidade.

A decisão de Moraes visa garantir o direito de defesa de Rivaldo Barbosa e permitir que novas provas sejam analisadas no caso. Enquanto isso, as investigações seguem para identificar todos os responsáveis pelo assassinato de Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes.