
Ministros Gleisi Hoffmann e Guilherme Boulos afirmam que mudança tem apoio da maioria da população e cobram alteração no relatório da subcomissão que discute o tema nesta quarta-feira (3)
O governo federal voltou a pressionar o Congresso pela adoção do fim da escala de trabalho 6×1 e pela redução da jornada semanal, durante reunião com parlamentares nesta quarta-feira (3), na Câmara dos Deputados. A discussão ocorre na subcomissão responsável por analisar propostas sobre o tema e que deve votar o texto do relator ainda hoje. Caso seja aprovado, o material seguirá para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, reafirmou a posição do governo em defesa do fim da escala 6×1, sem diminuição salarial. “Nós entendemos que tem que ter qualidade de vida na vida dos trabalhadores”, declarou. Para ela, além da redução da jornada, é essencial garantir mais tempo de descanso e de convivência familiar.
Também participaram da reunião o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos; o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), autor da PEC 221/2019, que trata da redução de jornada; e a deputada Daiana Santos (PCdoB-RS), autora do projeto de lei 67/2025, que propõe diminuir a carga semanal de 44 para 40 horas.
Boulos afirmou que o governo foi surpreendido pelo relatório apresentado na subcomissão, que, segundo ele, não incorpora plenamente as demandas defendidas pelo Executivo. “Vamos seguir defendendo o fim da escala 6×1, sem redução do salário, no Parlamento, na sociedade, nas ruas. É uma pauta aprovada por mais de 70% da população brasileira em todas as pesquisas”, disse.
A expectativa é que a votação na subcomissão defina os rumos da discussão no Legislativo, em meio à pressão de centrais sindicais e à resistência de setores empresariais.


