
Decisão pode ampliar operações militares americanas no Caribe
Os Estados Unidos devem incluir nesta segunda-feira (24) o governo de Nicolás Maduro na lista de organizações terroristas designadas pelo país. A medida marca uma nova fase na relação já tensa entre Washington e Caracas e abre espaço para ações militares contra alvos ligados ao regime venezuelano.
O presidente Donald Trump afirmou que a nova classificação dá aos EUA poder para atacar estruturas associadas a Maduro na Venezuela. Ele disse não ter intenção imediata de fazer isso, mas reforçou que “todas as opções seguem na mesa”. O secretário de Guerra, Pete Hegseth, declarou que a designação amplia as possibilidades de resposta militar dos EUA.
A decisão se baseia na avaliação de que Maduro lidera o Cartel de los Soles, apontado por Washington por enviar drogas da América do Sul para os EUA. Segundo autoridades americanas, o grupo atua junto à gangue venezuelana Tren de Aragua, já classificada como organização terrorista estrangeira.
A inclusão deve ser oficializada ainda hoje. O anúncio aumentou as especulações sobre um possível avanço da operação militar americana no Caribe. Desde setembro, os EUA reforçaram a presença na região com oito navios de guerra, caças F-35 e o porta-aviões Gerald Ford.
O governo americano afirma que a operação tem foco no combate ao narcotráfico. Até agora, ao menos 21 ataques foram realizados contra embarcações suspeitas, resultando na morte de 83 pessoas.
A nova classificação eleva a pressão diplomática sobre Maduro e pode ampliar o alcance das ações dos EUA na região, dentro de uma estratégia que, segundo Washington, busca conter redes de narcotráfico apoiadas pelo Palácio de Miraflores.


