
Explosão de classe X5.1 atingiu parte da Europa e África, pode gerar tempestade geomagnética intensa e coloca satélites, GPS e redes elétricas em atenção
A mais poderosa erupção solar registrada em 2025 ocorreu nesta terça-feira (11) e provocou um apagão de rádio em partes da Europa e da África, além de acionar alertas para possíveis impactos em satélites e sistemas tecnológicos no mundo inteiro. A explosão, classificada como X5.1 — o nível mais intenso na escala usada por cientistas — tem potencial para interferir em comunicações aéreas, marítimas, de emergência e na operação de sistemas de navegação.
Segundo a NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos), a erupção partiu da mancha solar AR4274, uma das regiões mais ativas da superfície solar nas últimas semanas. O evento gerou um blecaute de rádio por volta das 5h (horário de Brasília). A mesma área já havia registrado outras duas grandes explosões nos dias 9 e 10 de novembro, indicando um período de forte atividade solar.
Agora, especialistas monitoram a possível chegada de uma ejeção de massa coronal (CME), uma imensa nuvem de partículas altamente energéticas e campos magnéticos que pode estar se deslocando em direção à Terra a quase 5 mil km por segundo. Caso atinja o planeta entre esta terça e a quarta-feira (12), a CME poderá desencadear uma tempestade geomagnética intensa, com efeitos diretos em redes elétricas, satélites e sistemas de GPS.
“Essas partículas são extremamente energéticas e raras. Desde 1942, apenas 75 eventos desse tipo foram registrados”, afirmou a cientista espacial Steph Yardley.
A NOAA emitiu um alerta de nível G3, indicando perturbações moderadas a fortes no campo magnético terrestre. Além dos riscos, o fenômeno pode criar um espetáculo no céu: auroras boreais poderão ser vistas em lugares incomuns, como Pensilvânia, Iowa e Oregon, nos Estados Unidos.
Os impactos, no entanto, vão além da beleza natural. Satélites em órbita baixa podem enfrentar falhas temporárias, enquanto sistemas de navegação e comunicação podem sofrer interrupções. Passageiros e tripulações de voos próximos ao polo também podem ficar levemente mais expostos à radiação.
Embora cientistas reforcem que eventos como este são esperados durante o pico do ciclo solar, a força da erupção destaca a importância de um monitoramento constante do clima espacial — cada vez mais essencial para a segurança das comunicações e das tecnologias que sustentam a vida moderna.


