
Bichos foram devolvidos à natureza ou encaminhados a tratamento veterinário; população pode denunciar casos de maus-tratos
O Batalhão de Polícia Militar Ambiental do Distrito Federal (BPMA) trabalha diariamente para devolver animais silvestres à natureza. Desde 2019, foram resgatados 8.868 animais, dos quais 631 estavam feridos e 464 eram filhotes. Em 2021, foram resgatados 4.229 animais; em 2022, 3.928 animais; e neste ano, de janeiro ao dia 1º deste mês, já ocorreram 711 resgates.
Suspeitas de tráfico e de criação clandestina, maus-tratos e o aparecimento de animais silvestres em áreas urbanas podem ser registrados pelo Disque 190 e pelos telefones 3190-5190 e 99351-5736
O ranking é liderado pelas aves, em que as espécies mais encontradas nos últimos dois anos foram os canários da terra (964), baianos (545) e periquitos do encontro (282). Entre os mamíferos, houve o resgate de 1.718 saruês; 86 macacos sagui; 75 capivaras, e mais. No caso dos répteis, destaque para as jibóias (298), cascavéis (190) e cobras cipó (85).
Assim que resgatados, os animais podem ser soltos na natureza ou encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas-DF) do Ibama, onde recebem tratamento médico. Caso sejam encontrados mortos, o BPMA aciona o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) para recolher os cadáveres.
Tratamento
Espalhados por todo o Brasil, os Cetas são locais mantidos pelo Ibama aptos a receber os animais apreendidos, resgatados ou entregues espontaneamente pela população e pelos órgãos públicos. Todos os bichos recebidos passam por avaliação veterinária e, a depender da situação, são encaminhados ao ambulatório para administração de medicamentos e outros procedimentos.
Os casos clínicos mais críticos podem ser atendidos no Setor de Animais Silvestres no Hospital Veterinário da Universidade de Brasília (HVET-UnB), que tem um Acordo de Cooperação Técnica com o Cetas-DF, ou em clínicas veterinárias parceiras, como a Anclivepa e Zootopia, que prestam atendimentos eventuais. O Zoológico de Brasília também atende a mamíferos de grande porte, a pedido do BPMA.
O tratamento também inclui exercícios com enriquecimento ambiental, considerados essenciais para a reabilitação dos bichos. Por fim, os animais aptos são soltos e os não aptos (inclusive em razão de lesões permanentes e irreversíveis) são encaminhados a cativeiros conservacionistas autorizados pelo Ibama.
Trabalho contínuo
Suspeitas de tráfico e de criação clandestina, maus-tratos e o aparecimento de animais silvestres em áreas urbanas podem ser registrados pelo Disque 190 e pelos telefones 3190-5190 e 99351-5736. O anonimato é garantido.
Fonte: Agência Brasília