Pesquisa revela que 28,9% das mulheres têm ensino superior completo, contra 17,3% dos homens, mas elas ainda recebem 20% a menos

De acordo com os dados do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta quinta-feira (9/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mulheres continuam recebendo menos que os homens mesmo quando possuem ensino superior completo.

O rendimento médio nominal mensal de todos os trabalhos é de R$ 2.506 para mulheres, 19,6% menor em relação aos homens, de R$ 3.115. Já os trabalhadores de ensino superior completo há uma diferença de 37,5%, enquanto os homens têm um rendimento médio de R$ 7.347, as mulheres alcançaram uma média de R$ 4.591. Enquanto 28,9% das mulheres ocupadas possuíam o nível superior completo, apenas 17,3% dos homens alcançavam esse nível de escolaridade.

O Brasil registrou um Índice de Gini de 0,542 em 2022, segundo os dados preliminares do Censo. Os dados mostram que as regiões Norte (0,545) e Nordeste (0,541) tiveram os maiores índices, justamente onde os rendimentos médios domiciliares per capita são os mais baixos do país.

Já a Região Sul apresentou o menor índice (0,476), indicando uma distribuição de renda mais equilibrada. Sudeste (0,530) e Centro-Oeste (0,531) ficaram em posição intermediária. O Índice de Gini varia de 0 a 1: quanto mais próximo de 0, maior a igualdade. Quanto mais perto de 1, maior a concentração de renda em poucas mãos.