
Celso Sabino é acusado de infidelidade partidária por seguir no ministério; processo pode resultar em expulsão da legenda
O União Brasil decidiu afastar o ministro do Turismo, Celso Sabino, do comando do diretório estadual do partido no Pará nesta quarta-feira (8). A medida foi tomada após o ministro optar por permanecer no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mesmo com a legenda tendo anunciado oficialmente sua posição de oposição.
A decisão foi aprovada durante reunião da executiva nacional do partido, em Brasília, e pode resultar na expulsão de Sabino da sigla. Segundo o União Brasil, o ministro cometeu infidelidade partidária ao manter o cargo no governo petista.
Durante o encontro, foram acatadas duas representações contra Sabino: uma referente à dissolução do diretório do partido no Pará — que em breve deve ganhar um novo presidente — e outra que trata do processo de expulsão. A tramitação interna deve durar cerca de dois meses, segundo apuração do portal Metrópoles.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, também do União Brasil, criticou a permanência de Sabino no ministério, classificando a situação como uma “imoralidade ímpar”.
Em resposta, Celso Sabino lamentou a decisão e afirmou que o momento político não deve interferir nas entregas do governo. “É ruim para o Brasil perder um ministro do Turismo a um mês da COP30, que será realizada no meu estado, no Pará. Temos muita coisa ainda a fazer até o evento. Sigo ao lado do presidente Lula por entender que esse é o melhor projeto para o país”, disse.
O ministro ainda rebateu o partido, afirmando que o União Brasil “tem tomado decisões equivocadas e açodadas” e que tentará sensibilizar os membros da legenda para “deixar o momento eleitoral para o período adequado”.


